Venâncio Mondlane Presta Depoimento na Procuradoria-Geral da República
À chegada, Mondlane declarou à imprensa que desconhecia os motivos concretos da convocação, interpretando o processo como uma tentativa de o responsabilizar pelas manifestações ocorridas durante o período eleitoral e pós-eleitoral.
“A própria polícia cometeu várias atrocidades, mas até hoje ainda não tivemos notícias com evidências que mostram que as forças de defesa e segurança, e seus oficiais foram notificados,” declarou.
🆕 Atualização: “Não vou ao Conselho de Estado para tomar café”
Após cerca de duas horas de audição, Mondlane saiu da PGR com mais dúvidas do que respostas. Segundo ele, não existe uma queixa formal que justifique a convocação, e tudo indica que o órgão está a agir sob pressão política.
O político revelou que a audiência serviu apenas para confirmar a autenticidade de um áudio já tornado público, sem mais detalhes relevantes.
Questionado sobre o seu futuro político, Venâncio confirmou que irá integrar o Conselho de Estado, afirmando:
“Não irei para tomar café, irei para contribuir na melhoria da lei que regula o Conselho de Estado.”
Ele também denunciou que os consensos com o Presidente da República sobre a libertação dos detidos nas manifestações não estão a ser respeitados. Contudo, mostrou-se confiante quanto à formalização do seu partido político, que, segundo ele, “está a passos largos”.