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Saída da Mozal Pode Colocar Quatro Mil Trabalhadores em Risco

Saída da Mozal Pode Colocar Quatro Mil Trabalhadores em Risco

Saída da Mozal Pode Colocar Quatro Mil Trabalhadores em Risco


A continuidade da Mozal, a maior fundição de alumínio de Moçambique, está em causa. A multinacional anunciou que poderá encerrar as suas operações no país a partir de março de 2026, caso não haja consenso com o Governo em relação às tarifas de energia elétrica.

Declarações do Presidente da República

“Não podemos aceitar tarifas que vão levar a HCB a subsidiar a Mozal e colapsar a HCB.”

A posição do Chefe de Estado expõe um dilema central: deve o país proteger os interesses da multinacional para manter empregos ou priorizar a sustentabilidade da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB)?

Impacto no Parque Industrial de Beluluane

O anúncio da Mozal já faz sentir os seus efeitos no Parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo:

  • Mais de 26 empresas subcontratadas enfrentam risco de encerramento.
  • Cerca de 4.000 postos de trabalho estão em causa, dependentes direta ou indiretamente da fundição.

A Duys Group, responsável pela produção e manutenção dos potes usados na fundição, anunciou esta quarta-feira a suspensão imediata das suas atividades. A fábrica e os escritórios estão encerrados, restando apenas seguranças no local.

Um trabalhador de outra empresa prestadora de serviços, em anonimato, confirmou que também se encontram sob estado de alerta.

Posições Divergentes

A Mozal sustenta que as condições propostas pelo Governo, que exigem o pagamento do preço real da energia fornecida pela HCB, poderão tornar a operação inviável economicamente.

Por outro lado, o Executivo mantém que não pode permitir que a HCB seja prejudicada, sob risco de comprometer a estabilidade energética nacional.

Apelos ao Diálogo

Em entrevista à TV Miramar, o diretor-geral da MozParks, Onório Manuel, defendeu um equilíbrio de forças na mesa negocial, apelando para uma solução sustentável que não coloque em causa a indústria nem a segurança energética. Contudo, reconheceu que, devido à complexidade dos interesses, é pouco provável alcançar um consenso a curto prazo.

Um Futuro Incerto

O impasse entre o Governo e a Mozal coloca Moçambique perante um desafio estratégico:

  • Proteger milhares de empregos e garantir a continuidade de um dos maiores investimentos privados do país;
  • Ou salvaguardar a viabilidade da HCB, vital para o fornecimento de energia e para a economia nacional.

Enquanto isso, milhares de trabalhadores e suas famílias aguardam com ansiedade pelo desfecho das negociações — um desfecho que poderá marcar profundamente o futuro industrial e económico de Moçambique.


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