Privacidade invadida: técnico liga câmaras ao próprio telemóvel e família é espionada em Maputo
Segundo apurou a Miramar, as câmaras foram colocadas em vários pontos da casa, incluindo o quarto do casal. Depois de receber o pagamento pelo trabalho, o técnico aparentemente manteve acesso remoto ao sistema, ligando as imagens ao seu próprio telemóvel sem o consentimento dos proprietários.
O caso veio à tona após uma viagem do proprietário: ao regressar, encontrou a casa revirada e um montante em dinheiro desaparecido. Surpreendentemente, o sistema de videovigilância não registou qualquer anomalia na altura do furto.
Ao ser chamado para prestar esclarecimentos, o técnico foi confrontado e, segundo fontes policiais, acabou por admitir o furto e alegou que devolveria o dinheiro. Mais grave, a análise do telemóvel do suspeito revelou imagens e gravações que indicam que outras famílias também podem ter sido espionadas.
“Não é só o dinheiro — é a sensação de ter sido observado nos momentos mais íntimos. Nós perdemos a paz,” disse o proprietário, visivelmente abalado.
A Polícia abriu um inquérito e investiga agora a dimensão do esquema: quem mais foi afetado, como funcionava a ligação remota e que responsabilidades legais cabem ao técnico e a eventuais cúmplices. As autoridades apelam a quem suspeite ter sido vítima de práticas semelhantes que apresente queixa e entregue prova documental ou testemunhal.
Por Redação Moz Trending News
