Uganda 4-0 Moçambique — A ausência de Dominguez volta a ser factor em debate após goleada
Resultado e reflexos imediatos
O desfecho em Kampala complica seriamente as aspirações dos Mambas no grupo, colocando pressão imediata sobre a equipa técnica e os jogadores. A diferença de quatro golos expôs lacunas defensivas e a incapacidade de criar oportunidades claras na frente, aspectos que acenderam novamente o debate em torno da decisão do seleccionador Chiquinho Conde de excluir o capitão Dominguez da convocatória.
Dominguez: ausência sentida ou pretexto?
Há dias, o Moz Trending publicou uma análise detalhada sobre a importância de Dominguez para a equipa — comparando-o, em termos simbólicos, a uma peça insubstituível. Agora, após a goleada, a questão que volta a ecoar é simples: a equipa perdeu mais do que um jogador ao deixar o seu capitão de fora?
Defensores da decisão de Conde lembram que a exclusão se baseou em questões disciplinares — Dominguez não justificou uma falta à última convocatória e não teria entregue o passaporte à Federação — e que a disciplina coletiva é núcleo do projecto desportivo. Já os críticos argumentam que, aos 41 anos, a presença do capitão poderia ter dado estabilidade emocional e liderança em momentos críticos do jogo.
Análise tática
No plano táctico, Moçambique começou o jogo a conseguir conter Uganda, mas perdeu controlo no meio-campo depois do intervalo. Sem um elemento com a experiência e a autoridade de Dominguez para gerir ritmos e proteger a defesa, os Mambas mostraram-se vulneráveis a transições rápidas, algo que os Cranes exploraram com eficácia.
- Meio-campo: falta de ligação entre sectores e pouca capacidade de travar os avanços adversários.
- Defesa: espaços explorados nas alas e problemas na cobertura defensiva que resultaram em golos fáceis.
- Finalização: escassez de remates com perigo e pouca presença na área contrária.
Vozes do público
Nas redes sociais, a divisão mantém-se. Torcedores lembram a frase célebre “Dominguez + 10” e reclamam por um despedida digna caso esta seja a última participação do capitão. Outros aplaudem a firmeza de Conde e defendem a aposta em rostos novos para garantir futuro ao colectivo.
O que vem a seguir?
Moçambique terá agora de reagir rapidamente: analisar erros, reforçar rotinas defensivas e preparar-se mentalmente para os próximos desafios. A seleção e a federação enfrentam uma oportunidade (e um risco): aproveitar este revés como ponto de viragem para corrigir rumos, ou permitir que a polémica em torno de decisões de seleção desestabilize ainda mais o ambiente.
Contexto: Relembre a nossa análise anterior sobre Dominguez e o significado da sua ausência — [Link: https://moztrendingnews.blogspot.com/2025/08/fhtml.html "Dominguez + 10"].
Fontes: Relatos de partida, sumários oficiais e análises desportivas.
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